sábado, 28 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 9 | Se entendendo

Justin narrando...

Depois de algumas horas a festa estava no fim. Mas nessas horas foi difícil ‘’fugir’’ do pai de Chloe. Ele ficava me olhando, algumas vezes me encarava, que chegava a me deixar constrangido. E olha que é difícil disso acontecer comigo.
Me despedi do pessoal, e quando estava próximo da porta ouvi uma voz masculina me chamando:
- Justin! – Era o pai dela. Parei por uns dois segundos e logo me virei.
- Senhor?
- Queria conversar com você. – Ele disse me indicando a porta.
Saímos e quando estávamos um pouco distante da casa dele, ele começou:
- Eu sei o que está acontecendo.
- Sabe?
- Sei.
- Quem bom, então me diz, porque eu não sei. – Disse com sinceridade.
- Tá querendo dar uma de engraçadinho? – ele disse finalmente me olhando.
- Não, senhor. É que... sinceramente não estou conseguindo entendê-lo.
- Eu vi da forma que olhava minha filha.
- Chloe?
- Eu não tenho outra.
- Isso eu não posso dizer. – ele me encarou, e encarei o chão arrependido de insinuar aquilo.
- O que você quer dizer? – ele disse e logo mudou de postura. – Isso não vem ao caso aqui, Bieber. Quero saber se você tem algo com Chloe.
Não... Mas queria ter, pensei.
- Não, senhor – eu respondi.
- Justin, eu conheço meninos como você. Vocês vêem uma menina bonita, de boa família e já gostam, não é? Pois eu vou lhe dizer uma coisa: Chloe não vai ser fácil como muitas que eu sei, com minha experiência, que você já pegou. Então... Perca as esperanças – ele disse e me deu uma batidinha no ombro. Ele entrou em casa e não esperou eu responder.
Perca as esperanças, lembrei. Dei uma risadinha. Isso nem pensar, John Sparks.
Eu não queria Chloe por ela ser bonita, de boa família, legal, engraçada... Queria ela por ela ser quem é. Me sinto bem quando estou com ela. Só queria me sentir bem assim mais freqüentemente.
- Bieber? Já vai? – ouvi uma voz feminina me perguntando. Chloe.
- Eu ia entrar pra falar com você, mas já vou sim – eu disse.
- Ok. Cê tava falando com meu pai, acertei? – ela perguntou.
- Estava sim – eu disse e bufei.
- Ei... – ela disse, pegou minha mão e me abraçou. Seu abraço era bom, confortável... Era amável, assim como ela. – Fica tranqüilo – continuou ela.
- Com seu pai dizendo isso direto? – perguntei. – ‘’Perca as esperanças’’ – eu o imitei.
Ela deu um sorriso tímido e me olhou.
- Não perca as esperanças, não – ela disse e tocou meu rosto com a ponta dos dedos. Suspirei. Ela tirou a mão de meu rosto e foi andando em direção a casa. – Boa noite, Justin – ela disse.
- Boa noite, meu amor – sussurrei.
- O que? – ela parou e se virou, confusa.
- Boa noite – repeti.
Ela balançou a cabeça em sinal positivo e sorriu. Continuou andando até que entrou em casa.
Segui meu caminho para casa antes mesmo de me despedir de todos os outros.

Chloe narrando...

Boa noite, meu amor.
Boa noite, meu amor.
Se eu não estou ficando surda, eu o ouvi dizendo isso.
Boa noite, meu amor.
Repeti isso um trilhão de vezes em minha cabeça.
Ele achava que eu não tinha escutado.
Dei um sorriso bobo e revirei os olhos para mim mesma.

[...]

Todos já tinham ido embora quando fui dormir. Kristal havia resolvido que iria arrumar a casa amanhã. Ela ia pedir minha ajuda, com certeza.
Boa noite, meu amor.
Que droga! Essa frase não sai da minha cabeça.
- Chloe? – chamou meu pai, do lado de fora de meu quarto.
- Entra – eu disse e ele atendeu.
- Já vai dormir?
- Vou sim – eu disse e sorri.
- Tome cuidado com Justin. Fique de olho, só isso.
- Pai...
- Eu sei que você vai dizer que já é grandinha, que sabe das coisas, que está com olhos abertos... Mas garotos como ele... – ele disse e apontou para um lugar qualquer. Eu o interrompi:
- Garotos como ele o quê? Pai, o senhor nem conhece Justin – eu disse e me deitei de uma vez, virando minhas costas para meu pai.
- Você ta afim dele, não está?
Eu bufei em resposta. Ele entendeu que não queria falar disso e quando estava pra sair de meu quarto, disse:
- Sabe que as regras não vão mudar.
- Boa noite, pai.
- Boa noite, Chloe. Eu amo você, nunca esqueça.
- Também.
- Até amanhã, querida... – ele disse e saiu.
Senti lágrimas se formando em meus olhos. Será que todas as vezes que eu gostar de algum menino vai ser assim? Mas é como Amber disse, só mais 5 meses até a faculdade.
- 5 meses – eu disse em voz alta e fiquei repetindo por um tempo.
Só mais 5 meses pra todas essas regrinhas acabarem.
5 meses. 


Desculpem não postar todos os dias, eu me esforço pra conseguir postar mas é que as vezes a inspiração falha :\ O capítulo 10 vai ser postado ou hoje ou amanhã, fiquem ligadas. Prometo que vou postar mais frequentemente. Não esqueçam de comentar. Beijinhos :***

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 8 | Parte difícil

- Chloe! Justin! – gritou Thomas. Na certa ele saiu quando viu que tinha saído. Enxerido.  
- Oi, Tom – eu disse, envergonhada.
- Tom! E aí, cara? – disse Justin, fazendo um toque de mãos com Thomas. Eu sorri.
- Só saí pra ver porque Chloe tinha saído. Tinha que ser você, né... – ele disse como se aquilo fosse óbvio. – Achei que você tinha convidado Justin – ele disse para mim.
- Longa história... Depois conversamos – disse Justin e olhou pra mim.
- Acho melhor você não demorar muito, se não seu pai aparece aí ou Kristal – disse Tom.
- Ah, ele sabe – disse Justin. – O que você não sabe sobre Chloe, Thomas? – ele perguntou.
- Poucas coisas – ele disse e sorriu. – Sei que o pai dela não aceita namorados e desconfia seriamente de amigos meninos.
- Tô sabendo – disse Justin, revirando os olhos.
Thomas foi embora e Justin e eu ficamos ali conversando.
- Chloe? Onde você estava? Nós estávamos te procurando por toda parte e Thomas disse que você estaria na praia e... – meu pai se interrompeu quando viu Justin ao meu lado. – Quem é você? – meu pai cruzou os braços e olhou fixamente para Justin. Ele se levantou, limpou suas mãos sujas de areia e se apresentou.
- Sou Justin Bieber – disse e sorriu.
Meu pai não tirava os olhos de Justin. Ele o olhava desconfiado, como fazia com todos meus amigos meninos, exceto Thomas.
- Idade? – meu pai perguntou.
- Faço 18 esse ano, senhor.
Meu pai me olhou.
- Por que seu amigo não entra?
- Olhe minhas roupas, senhor. Não poderia... – disse Justin. Meu pai finalmente reparou que Justin estava só de bermuda e de sandálias.
- Por que não vai em casa e troca de roupas? A festa não vai acabar agora. Nós esperamos. Não é, Chloe?
- Sim. É, Justin, vá pra casa e troque de roupas. Te esperamos – eu disse e sorri.
Dei um beijo no rosto de Jus e entrei. Meu pai ficou de olho em Justin enquanto ele se afastava.
- Um surfista, Chloe?
- Ele é só meu amigo, pai – eu disse, revirando os olhos.
- Sabe que as regras não vão mudar.
- Eu sei.
- Ótimo.
Nós entramos e continuamos na festa. Meu pai recebia cada convidado na porta, tarefa que antes eu fazia. Acho que ele queria falar com Justin...

Justin narrando...

O pai de Chloe não é fácil... O cara ficou me avaliando em cada centímetro de meu corpo e em todas as minhas atitudes. Isso dava pra perceber.
- Oi, mãe – eu disse quando entrei em casa. Ela me recebeu com um sorriso, como sempre. – Vou tomar um banho e me arrumar, vou pra festa do pai de uma amiga.
- Ok – ela disse e voltou para a sala, onde ela estava.
Subi, liguei o som alto e fui tomar banho. Coloquei uma calça jeans, um tênis branco e uma camisa roxa.
- Já vou, mãe – eu disse e saí. Eu sei que o pai dela vai estranhar. Mas eu quero provar pra ele que eu sou um menino bom, e que só quero ficar com a filha dele, cuidar dela... Não sou um aproveitador como muitos.
Eu fui andando para a casa de Chloe. Quando cheguei na orla, fui andando pela calçada.
Quando cheguei na frente da casa dela, seu pai estava abrindo a porta para alguns convidados. Haviam 2 mulheres e um homem. Uma das mulheres era bem mais nova que os outros dois, pensei serem um casal e sua filha.
- Justin! – gritou John, o pai de Chloe.
- Oi – eu acenei e atravessei a rua. Eram mais ou menos 23hrs, então não tinham tantos carros assim.
Entrei na casa de Chloe e ela estava toda decorada. ‘’Bem vindo! Feliz Aniversário!’’, dizia uma placa, pendurada por um prego que estava no teto.
- Que linda sua casa – eu disse. A casa era realmente bonita. Estava decorada por ser aniversário dele, mas a casa dela – digo imaginando sem a decoração – é linda mesmo.
- Obrigado, Bieber. Entre.
Eu sorri e entrei. Chloe não estava na sala e nem na cozinha.
- Chloe está no quintal com algumas amigas e amigos. Vai lá – ele disse e eu fui.
- Oi, Chloe. Oi, pessoal – eu disse e fui abraçar cada uma das amigas de Chloe e trocar apertos de mão com meus amigos.
- Oi, Jus – ela disse e sorriu. – Meu pai não é fácil, né?
- Nem um pouco – eu disse e continuamos ali, conversando. A noite passou rápido, mas mesmo assim foi boa.

Desculpem a demora pra postar, é que a inspiração falha às vezes rsrs. Comentem o que acharam e, novamente, obrigada por tudo, lindas. Beijos 

domingo, 22 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 7 | A festa


  Acordei um pouco mais tarde no outro dia, por ser sábado. Me levantei e cheguei na janela. Abri um pouco a cortina, o suficiente para olhar o mar. O sol estava quente hoje e haviam várias pessoas curtindo a praia. Crianças, adolescentes e adultos pulavam ondas e nadavam. Tinham até alguns surfistas se você olhasse mais pro fundo. Olhei para a areia, agora cheia de pessoas se bronzeando, e lembrei da noite passada. Eu e Justin andando na beira no mar. Com água batendo em nossos pés.
- Chloe? Está acordada? – perguntou Kristal batendo na porta. Fechei a cortina e me virei.
- Sim.
- Bom dia! – ela disse e sorriu. Eu sorri de volta, mesmo não ficando muito à vontade.
- Bom dia.
- Já sabe que roupa vai vestir? – ela perguntou.
Roupa?
- Que roupa? Pra quê? – perguntei confusa. Não me lembrava de nada combinado.
- Será possível que você esquece até a data de aniversário do seu próprio pai, garota? – ela perguntou. Ela estava até bem humorada hoje. Algum bicho deve tê-la mordido.
- Ah, ta. Claro que não esqueci. Mas não sabia que íamos fazer festa.
- Até parece que você não me conhece... Ele chega de viagem amanhã às cinco da tarde. Seria bom se todos os convidados já estivessem aqui nessa hora. Se você quiser chamar algum amigo... pode ficar à vontade – ela disse e saiu, fechando a porta. O.k. Algum bicho realmente mordeu ela. Não por ela ter a ideia de fazer festa, mas sim por deixar eu trazer amigos.
Dei de ombros e fui tomar banho.
Logo após, peguei o celular para ligar para alguns amigos. Sarah, Courtney, Matt, Bryan, Lucca, Ellie… Todos convidados.
Faltava uma pessoa. Mas essa eu tinha que falar mais uma coisa.
- Lindsay? – disse quando ela atendeu.
- Oi, Chloe. Tudo bem?
- Sim e você?
- Bem...
- Estou te ligando para fazer o convite para duas coisas. Primeira: Vai ter uma festa aqui em casa amanhã. Meu pai vai fazer aniversário.
- Claro que vou. Pode contar comigo. Qual é a segunda?
- É... – hesitei antes de fazer o convite. – Eu tava pensando em pedir para meu pai um presente. Esse presente é um apartamento e tal... Queria saber se você não quer ir morar comigo? Se você aceitar, vamos morar eu, você, Thomas e Amber.
- Chloe... Me desculpa. É que eu não vou fazer faculdade aqui em Miami. Vou para Albuquerque, então... Não vai dar.
Tinha me esquecido desse detalhe. Lindsay tinha alguns familiares em Alburquerque, no Novo México. Então era bem provável dela ir para lá.
- Ah, então ta. Tudo bem. Nos vemos amanhã. Beijinhos – eu disse.
- Ok. Tchau, Chloe. Beijinhos – ela disse e desligamos na mesma hora.
Mas será possível? Lindsay não podia, e ela era a única de minhas amigas – fora Amber – que eu convidaria para morar comigo. Eu, Amber e Thomas, pensei.
Não seria uma má ideia morarmos somente nós três. Mas Thomas iria precisar de algum ‘’parceiro’’ pra ficar zoando Amber e eu.
Ri com esse pensamento e desci. Minha mente estava na festa de amanhã, mas meu coração praticamente gritava ‘’Convide Justin’’. Mas eu não vou dar ouvidos a ele.
- Vamos ao shopping hoje. Tudo bem pra você? – perguntou Kristal. Eu odiava ir ao shopping com ela, pois nossos estilos eram diferentes. Ela é patricinha, como dizem. Adora um vestido curto e chamativo. Eu não. Já prefiro uma calça com um tênis legal e uma blusa de alguma banda. Nós éramos totalmente diferentes. Mas a ocasião pedia um vestidinho básico. Ela era máster nisso, então...
- É claro.
Sorri e me sentei na mesa para comer meu café da manhã.

No outro dia...

- Acorda, logo! – gritou Kristal, me acordando. Ontem nós tínhamos ido ao shopping e ela acha que já é intima o suficiente para entrar no meu quarto enquanto durmo. Mas tudo bem.
- Acordei – eu disse, com uma voz que dizia o contrário.
- Não acordou nada! Levanta pra me ajudar com a decoração.
- Ok – eu disse me levantando.
Encima da cadeira em frente à minha mesa, o vestido que comprei estava estendido. Ele era um pouco mais curto que a altura dos joelhos e era branco. Tinham algumas flores em relevo e eram feitas de renda bege. O vestido era meigo. Iria usá-lo com uma sandália – meiga também – que comprara na mesma loja do vestido. O peguei e cheirei. Eu amo cheiro de coisas novas. Livros, roupas, caixas... Tudo que é novo tem um cheiro bom em minha opinião.
Eu e Kristal compramos um par de sapatos e uma camisa social para meu pai. Ele não ligava muito para coisas materiais, por isso não compramos nada muito chique e muito menos tão caro quanto as coisas que Kristal comprava para ela.

[...]

- Oi, Chloe – disse Amber, quando abri a porta.
- Oi, Amber. Oi, Tom – falei tanto com ela quanto com Thomas. Tom Walker, também chamava ele assim.
- E aí, Chloe? – disse Thomas. Eu sorri em resposta e fiz sinal para que entrassem.
Antes de fechar a porta eu olhei para a praia. Estava de noite, então não havia quase ninguém na praia. Exceto por um surfista andando na beira do mar. Mas espera aí...
Eu saí de casa e andei para a calçada no outro lado da rua.
- Mas que... – eu disse para mim mesma quando percebi quem era o surfista. Fui andando atrás dele.
- Ora, ora. Desde quando o Sr. Bieber surfa? – perguntei e ele virou repentinamente.
- Chloe? Tá fazendo o que aqui? – ele disse. – E eu estou aprendendo a surfar. Eu estava aqui mais cedo com um amigo.
- Josh? – perguntei. Josh era o único amigo dele – que eu soubesse – que surfava.
- Ele mesmo – ele disse e sorriu. – Eu passei pela frente da sua casa e nem percebi. Estava com a cabeça na lua.
- Hum... Hoje é aniversário do meu pai. Não quer... entrar? – pedi.
- Seu pai? Logo ele? – ele disse e eu lembrei da nossa ‘’discussão’’ no mesmo lugar onde estávamos naquela hora.
- É... Esqueci – eu disse e sorri. Sentamos na praia e ficamos conversando por um tempo. Até que...






quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 6 | Conversas

Justin narrando...

- Me conta um pouco da sua vida. Acho que da minha você já sabe demais – ela disse e deu um sorriso tímido. Eu gosto mesmo de Chloe, só queria que ela soubesse o quanto. Eu sei que ela também gosta de mim. Mas até ela admitir...
- Sei demais? Como assim? – perguntei.
Estava ventando muito. Nós estávamos andando na beira do mar. A casa dela fica em uma orla, então é só ela chegar em uma das janelas que até o cheiro do mar ela sente. Invejo ela por isso. Eu não moro longe, mas queria morar em um lugar tipo o que ela mora. Aqui é lindo. Se você olhar bem, mesmo de noite, ainda dá pra ver as ilhas que ficam em volta e as luzes das casas. No nosso lado estava meio escuro. A única luz que tinha era a de um ou outro poste de iluminação ao longo da praia.
- Sabe sobre Kristal, sabe da minha mãe, sabe dos meus sentimentos em relação à minha madrasta... E nós nunca nem falamos sobre isso – ela disse.
- Eu sei sobre sua vida. Quero saber sobre você.
- Entendi – ela disse e respirou fundo. – Eu gosto de música pop e alguns rocks antigos, gosto do barulho do mar de manhã logo quando acordo, gosto de sair de casa e olhar para isso tudo aqui, gosto de sentir o cheiro do salitro, gosto de como as palmeiras se mechem ao receber uma rajada de vento, gosto de cantar e isso não significa que eu canto bem – ela riu. – Gosto de conversar com meus amigos, gosto de pessoas que me tratam bem, gosto de ler, de escrever, não ligo para aparência, não ligo se a pessoa é popular ou não, bonita ou não, se a pessoa me tratar bem, eu farei o mesmo. E... é isso – ela disse e sorriu para mim.
- Nossa...
- Tem mais. – ela disse e continuou: - Eu amo andar na praia, amo mesmo. Eu nunca namorei. Meu pai não aceita namorados. Ele diz que não quer que meus estudos sejam atrapalhados até a faculdade – ela disse e fez uma expressão triste. Eu revirei os olhos por causa do pai dela.
- E sua madrasta?
- Ela é outra insuportável.
- Nossa... Difícil, hein?! – eu disse.
- Justin, eu não posso namorar você. Desculpe. Eu gosto de você, de verdade. Mas não posso – ela disse e saiu correndo de volta para casa. Eu não entendi por que ela fez isso. Mas a segui.
- Ei! – gritei. – Vem cá – peguei seu braço e segurei. Ela se soltava. Eu peguei de novo.
- Justin, eu não quero te dar esperanças de uma coisa que eu sei que não vai dar certo – ela disse e deu um jeito de se soltar. Eu parei e respirei fundo. Ela continuou andando para casa. Seus cabelos voavam em um rabo-de-cavalo castanho escuro. O vento fazia com que ela parecesse uma visão. Chloe não podia ser real.
- Eu não me importo – gritei, pois ela já estava longe.
- O que? – ela parou e se virou. – Não se importa que eu não possa namorar você quando você gosta de mim e eu de você? Não se importa que eu sofra e você também por conta disso? Não se importa mesmo? Pois eu me importo.
- Chloe... – eu não tinha mais nada a dizer. Só corri atrás dela e consegui pará-la. A abracei forte. Sentir seu corpo contra o meu me causava arrepios. Ela agora estava correspondendo meu abraço forte.
- Justin... Tenho que ir – ela se soltou, me deu um beijo no rosto e foi. Eu senti uma dor repentina por saber que isso a estava incomodando.
- Eu espero o quanto você quiser – eu disse.
- Espera o que?
- Até você poder ser minha.
Ela se virou, sorriu e continuou andando.
Eu fui para meu carro.
- Boa noite, Justin – ela disse antes de entrar em casa.
- Boa noite, Chloe – eu disse e segui para a minha.

Chloe narrando...

- Quem era aquele menino, Chloe? – perguntou Kristal. Eu mal chego em casa e essa... Kristal, já me pergunta quem era o menino.
- Ele é meu amigo, Justin Bieber. Ele joga no time de basquete da escola e nós saímos para conversar.
- Seu pai sabe disso? – ela cruzou os braços. – Sabe que ele não vai aceitar.
- Que parte do ‘’Ele é meu amigo’’ você não entendeu? – perguntei.
- Espero que seja só isso mesmo – ela disse e se virou para ir para a cozinha.
Piranha.
Subi para meu quarto. Eu queria que ele pudesse ser mais que meu amigo, mas infelizmente não pode.
Quando entrei em meu quarto fui direto para o banheiro tomar um banho. Coloquei um pijama.
Quando abri meus e-mails, estava cheio – não, não estava cheio. ‘’Lotado’’ seria a palavra correta – de mensagens da Amber.

E aí, como foi? Ele é legal? Engraçado? Beija bem? Aposto que sim. Me liga!

Eu dei risada quando li. Legal ele é. Engraçado ele é. Se beija bem... Eu não sei. Senti um incômodo por não saber isso. Não sei porque estava sentindo isso, mas estava.
Peguei meu celular e liguei para ela.
- Oi, Amber – disse quando ela atendeu.
- Oi. Pode ir me contando tudo. Agora!
- Ele é legal, engraçado, gentil, gosta mesmo de mim e não nos beijamos.
- Por que não? – ela perguntou. Eu conseguia ouvir a decepção em sua voz.
- Porque não. Você me conhece e sabe que eu não sou assim. E eu não posso dar esperanças para ele quando... Não vai rolar nada sério – eu disse.
- Por que não?
- Você pergunta como se não conhecesse John Sparks.
- Ah, seu pai... Aff – ela bufou. – Mas ele disse que você só pode namorar na faculdade.
- Sim. O que tem?
- Lembra do apartamento? – ela perguntou. Surgiu um sorriso em meu rosto na mesma hora que lembrei do apartamento que havia pedido.
- Sim.
- Pede pro seu pai mais uma vez. Aposto que ele vai concordar. A faculdade é longe de sua casa e é bom você sair de casa logo quando chega na fase adulta, dizem que amadurece mais rápido. Então... Ele sabendo disso, com certeza não vai negar. E eu, Thomas e Justin vamos morar com você.
- Você, Thomas e quem? – perguntei.
Não era possível que ela...
- Você disse que tinha que ser um amigo do Thomas. O melhor amigo dele é o Bieber.
- Você só pode estar maluca! – gritei e tapei minha própria boca quando lembrei que Kristal estava em casa.
Amber gargalhou no outro lado da linha.
- Por que não, ué?
- Porque não! Não vai dar certo.
- Por que não?
- Para de perguntar ‘’por que não? Por que não?’’ toda hora. Isso ta me irritando.
Ela gargalhou de novo.
- Pensa direitinho. Você ainda tem 5 meses pra pensar e conseguir seu apartamento. Agora tenho que desligar, boa noite! – ela disse.
- Ok. Boa noite! – desliguei.
Já pensou?! Eu e Justin debaixo do mesmo teto... De jeito nenhum! Gargalhei com esse pensamento e desliguei meu notebook. Acho que vou chamar alguma amiga minha isso sim! Lindsay. Isso! Amanhã falo com ela. Fui dormir.

E aí??? Será que Chloe e Justin vão mesmo morar juntos ou Lindsay tomará o lugar dele? COMENTEM! Obrigada por todos os comentários. Beijinhos, mesninas :**** 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 5 | O encontro

- Justin... Eu não tenho certeza – eu tentava falar de um modo que não magoasse ele. Ele acabou de dizer que gosta de mim e eu, como disse, não tenho certeza se sinto o mesmo.
- Mas... – ele respirou fundo e bateu de leve na mesa. – Você me deu bola essas semanas todas, sorria quando eu sorria, era toda charmosa quando chegava perto de mim... Disse pra suas amigas que somos amigos e que você realmente gosta de mim.
Fiquei surpresa.
- Como você sabe disso? – perguntei, estreitando os olhos.
- Amber.
- Aff – bufei.
Até minha melhor amiga? Tá brincando...
Se eu soubesse que ia dar nisso... Paramos de falar e eu comecei a comer, lembrando dessa última semana.

Flashback...

- Não conta pra ninguém! – eu disse para Amber, tapando sua boca.
Nós estávamos na casa dela. No quarto.
- Você ainda nem me disse nada de importante. Só que gosta do Justin – ela disse e logo após ficou boquiaberta como se tivesse notado uma coisa que não tinha antes. – Você realmente gosta do Justin? Tipo... Namorados e tal? – ela perguntou.
Eu maneei a cabeça em sinal positivo. Ela gritou e eu novamente tapei sua boca.
- Não. Grita.
- Você gosta do Justin – ela começou a me zoar, fazendo cócegas e repetindo ‘’Você gosta do Justin’’ várias vezes.
- Eu não amo. Mas gosto... Sei lá. Eu me sinto bem quando estou com ele. Ele me faz sentir... Especial.
- Sei como é.
- Não conta pra ninguém! – repeti.
- Ok, ok.
Eu confiava nela. Eu sabia que podia.

Quinta feira, um dia antes do encontro...

- Oi, Justin! – disse Amber, chegando na escola. Eu estava com ela, então...
- Oi, Amber – ele respondeu e olhou para mim. – Oi, Chloe – me abraçou. Eu sorri e senti que ele também.
- Podemos... Conversar? – pedi, fazendo sinal para que Amber fosse com as nossas outras amigas.
- Já entendi – ela disse e se virou para fazê-lo.
- Claro – Justin deu de ombros.
- Para onde vamos? – perguntei.
- Um lugar que eu sei que você vai gostar.
- Qual seria?
- Para de insistir!
- Não. Diz logo.
- Um restaurante que eu costumava ir muito com minha mãe. É comida italiana, acho que vai gostar.
- Mas você não cresceu no Canadá? – perguntei.
- Me mudei pra cá com uns 9 anos.
- Hum... Ok, então. Às sete, correto?
- Isso. A não ser que você queira...
- Não. Às sete – confirmei. Ele sorriu.
Sorri também. O sorriso dele é lindo, me faz sorrir junto. É... Contagiante. Eu estava ansiosa para sair com ele. Eu gostava dele, na real. Mas não queria demonstrar isso tão cedo.

De volta ao presente...

Essa minha última lembrança me fez pensar mais ainda. ‘’Mas eu não queria demonstrar isso tão cedo’’. É claro, Chloe Sparks. Ele já sabia. Burra.
- O que foi? – perguntou Justin quando me viu meio emburrada com a lembrança. Ele só não sabia o porquê. Ou será que sabia?
- Nada.
- Tem alguma coisa.
- Não.
- Tem sim.
- Para de insistir! – disse.
- Eu gosto de você de verdade, Chloe – ele disse.
- Eu acho que também gosto de você. Mas Justin... Eu não quero nada muito sério. Nada de compromissos por enquanto.
- Por enquanto?
- É. Até eu ter certeza – eu disse.
- Fique à vontade – ele falou.
- Gostei do lugar. É... bonito e bem... aconchegante – eu disse olhando em volta. O lugar era de um tom meio avermelhado. Tinham umas flores em alguns vasos pela parede. Tocava uma música legal. Mas era bem baixinho. Nada que atrapalhasse as conversas das pessoas.
- Que bom que gostou – ele sorriu e eu sorri junto. O que fez com que seu sorriso aumentasse. Justin era contagiante. Essa é a palavra.
- Contagiante – eu sussurrei.
- O que? – ele disse.
- Você. É... contagiante.
Sorri.
- Sou? – ele perguntou. – Pessoal, ela disse que eu sou contagiante. Que piada linda – ele gritou para todos ouvirem.
Morri de vergonha e dei risada.
- Você bebeu, Jus? – perguntei, ainda rindo.
- Sou doido por natureza... – ele esclareceu.
- Percebe-se – eu disse. – Pessoal, ele disse que é doido por natureza. Ele não bebeu. Fiquem tranqüilos – gritei também. O imitando. Ele deu risada.
Nós ficamos brincando um com o outro até a hora de irmos embora.

[...]

- Boa noite – ele disse quando parou na frente da minha casa.
- Justin?
- Eu.
- Não quer... Andar um pouco? Sabe? Na praia – pedi.
- Claro. Vamos.
Ele estacionou o carro um pouco mais à frente de minha casa e fomos.

COMENTEM, MENIIIINAS *---* Obrigada por todos os comentários. É ótimo saber que vocês estão gostando. Continuem lendo. MilBeijos :*** 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 4 | Combinando

- Justin? – minha mãe me chamou. Ela não estava em casa alguns minutos atrás. Eu desci para falar com ela.
- Oi, mãe. Onde estava? – perguntei.
- Fui no mercado. Como foi o jogo, meu anjo?
- Ganhamos – eu disse e sorri, lembrando daquele momento em que fiz a última cesta de 3 pontos, virando o jogo e ganhando.
- Parabéns, querido! – ela disse e veio me abraçar. Ela me abraçava do mesmo jeito que Chloe. Apertado e gentil ao mesmo tempo. Sorri.
Acho que estou gostando de Chloe... É, estou.
- Mãe, eu terminei com a Lauren – eu disse.
- O que? Uma menina tão boa... – ela disse. Eu gargalhei.
- Você deve estar brincando. É, você está. Menina boa? – gargalhei de novo. – Ela não presta.
- Se você acha... – ela disse e se virou para colocar o resto das compras na cozinha. Eu a ajudei. – Só quero que você seja feliz – ela continuou.
Sorri e lembrei novamente de Chloe. Agora sim, felicidade já tinha um nome e um rosto. Os olhos da felicidade eram castanhos e ela tinha um cabelo. Cabelos lindos. Assim como a dona.

Chloe narrando...

No outro dia eu acordei cedo para ir para a escola. Meu pai era engenheiro, então sempre estava viajando ou trabalhando aqui mesmo. Raramente tinha uma folga. E quando tinha, eu e Kristal nos desentendíamos. Aff!
- Já está pronta, Chloe? – perguntou Kristal. Ela ficava em casa comigo enquanto meu pai viajava. Era só eu e ela.
- Peraí! – gritei de volta.
Eu já tinha tomado café e só estava calçando meus tênis. Antes de sair, eu dei um jeito de olhar novamente a caixa de e-mails e minhas outras redes sociais. Nada.

[...]

- Oi, Chloe! – disse Lindsay Anderson quando me viu chegando. Ela é minha amiga também. Uma das 9. Somos um grupo imenso. Mas somos meio que divididas em duplas, trios... Mas quando as 9 se juntam, é bagunça na certa.
- Oi, Lindy – respondi. Era assim que todos a chamavam.
- Como foram as férias? – ela perguntou.
- Normais. E as suas?
- Normais também – ela disse e pegou em minha mão. Seguimos juntas até onde estavam as outras meninas.
- Oi, Alyssa – eu disse. Ela se levantou e me abraçou. Alyssa Evans era loira dos olhos azuis. Azuis como o céu. Bem claros. Uma típica americana.
- Oi, Chloe – ela disse e sorriu.
- Yasmin – disse seu nome e acenei com a cabeça. Yasmin Collins era morena – de um tom quase negro - dos olhos verdes. Cabo verde como dizem.
- Cadê a Courtney? – perguntou Lindsay. Courtney Miller era de estatura média e tinha um corpo de dar inveja. Ela já foi líder de torcida uma vez, mas saiu logo depois de uma fratura no joelho enquanto ensaiava. Coitada.
- Deve estar com Cassie e Ellie, elas só andam juntas – disse Alyssa. Cassie Jones e Ellie Williams, as patricinhas. Ri com esse pensamento. Mas elas eram patricinhas legais. Realmente.
- Amber ainda não chegou – disse Sarah Lee, chegando por trás de mim. Sarah Lee era asiática e irmã de Matt. Ela tinha os cabelos grandes, pretos e lisos. Aqueles olhinhos puxados e um sorriso preenchido. Linda.
- Oi, Sarah – eu disse e sorri. Ela sorriu de volta. – Ela deve estar atrasada por culpa do irmão – eu disse e as meninas sorriram. Thomas jogou ontem, então deve estar cansado.
- Nós te vimos ontem falando com o Bieber. Maior gato! Viu que ele pintou o cabelo? Eu quase morri quando vi – disse Lindsay. – E aí, já são amiguinhos? – ela perguntou. Eu dei risada, envergonhada. Todas as meninas eram doidas pelo Bieber, inclusive minhas amigas. Mas eu não ia dar o gostinho de dizer que ia sair com ele na sexta.
- É, ele ficou lindo – eu disse enquanto me lembrava daquela jogada de cabelo dele. - E sim, somos meio que amigos – eu disse e sorri.
Lindsay soltou gritinhos de alegria. Eu dei risada.
- Para com isso, menina – eu disse e joguei uma mecha de seus cabelos em seu rosto. Ela era ruiva, branquinha, tinha um pouco de sardas no rosto e seus olhos eram cor de mel.
- Chloe! – ouvi uma voz me chamando. Me virei, passei os olhos pelo pátio da escola e não vi ninguém olhando pra mim. Me virei de volta.
- Chloe! – ouvi de novo. Dessa vez eu me virei e Justin estava correndo em minha direção. Lindsay me cutucou, sorrindo. Eu virei os olhos e olhei de volta para Justin.
- Oi, Justin. Não tinha te visto – eu disse e o abracei. – Bom dia.
- Bom dia. Preciso falar com você – ele disse, pegando em minha mão.
- Ok – eu disse. A mão dele era macia e segurava a minha com delicadeza. Ele é gentil.
- Chloe, você quer mesmo sair comigo na sexta? – ele perguntou.
- Claro – eu disse e sorri. Ele sorriu também.
- Você não disse pra ninguém, né? – ele perguntou e estreitou os olhos.
- Não. Nem pra Amber. Mas eu provavelmente falarei. Será que posso? – perguntei.
- Só pra Amber. E peça pra ela não falar pra ninguém.
- Vai manchar sua reputação se sair comigo? – perguntei e cruzei os braços. Ele me olhou confuso e riu.
- Claro que não. Só não quero que a gente se torne o assunto da escola – ele disse. É, ele estava certo.
- Também não quero.
- Então fica combinado. Sexta às... – ele olhou para seu relógio de pulso branco – sete?
- Sexta, às 7 horas. Ótimo – sorri.
Nos abraçamos e ele voltou para seus amigos. Eu ele e tínhamos várias aulas juntos. Seria bom, pois ele iria me conhecer mais.
- É... Justin? – o chamei.
- Oi, Chloe?
- Para onde vamos? – perguntei.
- Surpresa – ele disse e se virou. Eu pensei em insistir, mas desisti na hora. Contanto que ele me surpreenda, eu vou gostar.
- Me surpreenda – eu disse quando passei por ele.
- Eu vou – ele disse e sorriu.
Segui para meu grupo de amigas e notei que Amber já estava lá. Contei isso apenas para ela e pedi para que ela guardasse segredo. Eu sabia que ela ia. 



Geeente, eu preciso que vocês comentem. Eu tirei as ''Reações''. Eu agradeceria demais se vocês comentassem o que tá bom, o que não tá, se vocês estão gostando, se estão ansiosas... é importante DEMAIS saber isso. Obrigada desde já, adoro vocês. Beijos. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 3 | Terminando


- Chloe, nós ganhamos, nós ganhamos! – gritava Amber, pulando ao meu lado. Eu batia palmas e gritava junto.
- É... Garanto que foi o Bieber – eu disse.
- Pode até ser... Mas ganhamos! – ela continuava gritando.
Olhei para a quadra e vi Justin, Thomas, Matt... Todos os meninos do time comemorando. Uma das únicas vitórias de nossa escola. Eu queria estar lá embaixo abraçando o Justin, dando parabéns para ele e tudo mais... Mas não podia.
Lauren estava dando aqueles pulinhos típicos de patricinhas e, com certeza, se gabando com as amiguinhas, pois o namorado que havia salvado o jogo. Justin é um menino ótimo, eu o conheço tem uma semana, mas ele é engraçado, legal, bonito... Lauren tem quem ela quiser aos pés dela. E Justin só é mais um. Com certeza.
- Você falou com o Justin? – Amber me perguntou quando estávamos saindo da quadra.
- Sim, falei. Ele disse que brigou com Lauren porque ela ficou com frescuras por conta do cabelo e algumas outras coisas – disse.
- E o que fez ele sair da quadra?
- Ela deu um grito nele. Disse que era pra ele prestar atenção nela enquanto falava e ele se estressou e saiu. Boa dele, né?
- É verdade... Mas se eles estão brigando tanto, não se dão bem, não se amam, por que estão juntos? – perguntou Amber.
- Justin disse que vai terminar.
- É melhor mesmo.
Continuamos andando para o lado de fora da escola quando os meninos do time passaram pelo nosso lado. Acho que um deles me reconheceu. É, esse mesmo.
- Não vai me dar parabéns, senhorita? – disse Justin Bieber.
- Parabéns, Justin! Você definitivamente salvou a casa – eu disse e dei risada. Nos abraçamos e depois ele foi falar com Amber.
Thomas fez o mesmo quando nos viu.
- Tá melhor? – perguntei para Bieber me referindo à briga.
- Terminei com ela.
- Como foi isso? – perguntei curiosa. Amber e Thomas nos olharam. Amber ficou surpresa, pois não sabia assim como eu. Thomas nem tanto.
- Eu disse pra ela que não dava mais certo, que não era isso que eu queria – ele disse.
- Entendo... – disse Amber.
- Ela disse que tanto faz e que ela vai esfregar na minha cara que vai estar namorando um cara muito melhor que eu na próxima semana.
- Que... vadia – disse Amber.
Alguém concorda comigo... Dei risada.
- Eu nem quero saber. Nunca senti nada por ela mesmo... Mas vamos esquecer o passado e nos ligar numa coisa: Nós ganhamos, cara – Justin disse e pulou em Thomas, bagunçando seu cabelo. Eu e Amber ficamos felizes do mesmo jeito.
- Querida? – disse uma voz feminina atrás de mim. Eu me virei.
Lauren.
- Oi – eu disse, parando de sorrir na mesma hora.
- Faça bom proveito – ela disse e olhou com um certo nojo para Bieber.
Eu não respondi. Bieber fez isso por mim.
- Eu não terminei com você pra ficar com Chloe e nem com nenhuma outra menina. Mas se fosse, com certeza eu ia ser muito mais feliz do que fui com você. E sabe... Tire bom proveito do próximo otário que você pegar, porque eu to fora! – ele disse e saiu andando. – Vão ficar aí? – ele se virou e disse para mim, Amber e Thomas.
- Tchau, amorzinho – disse Thomas. Eu dei um tapa em seu ombro.
Lauren ficou com uma cara... Coitadinha dela... É o que dá...
- Não dê corda – eu disse. Olhei para trás e Lauren já estava dando um tchauzinho com a ponta dos dedos para Thomas.
- Que haja vadias, aqui, hein? – gritou Amber. Eu olhei para Lauren e ela olhou para Amber com aquela cara de cavalo dela. Eu ri.
- Cala a boca, menina – disse Justin, rindo também.

[...]

- Oi, pai – eu disse quando entrei em casa.
Eu já não estava mais brigada com ele. Nós só brigamos quando a Kristal está em casa.
- Pai? – repeti. A casa estava escura. Eles deviam ter saído para fazer alguma coisa. Subi para meu quarto e tomei um banho. Coloquei uma roupa confortável e fui para o computador. Já eram quase 20:00hrs. O jogo começou um tanto mais tarde do que deveria, sendo assim, terminou tarde. Abri minha caixa de e-mail.

Oi, Chloe. Aqui é o Justin. Tomei a liberdade de pegar seu e-mail com o Thomas. E... sei lá... Será que a gente não podia sair um dia desses? Beijos. Boa noite.

Li na mensagem. Pensando bem até que não era uma má ideia...

Podemos sim. Hoje é segunda então... Que tal na sexta?

Respondi.
Justin é legal, engraçado, gentil... Acho que vamos nos dar bem. Ele é bonito também. Não vou negar. Mas eu só queria que ele soubesse que não sou fácil como a Lauren. Comigo é diferente. Não fico com qualquer um. Tomara que Amber tenha dito isso pra ele. Ou até Thomas.

Justin narrando...

Podemos sim. Hoje é segunda então... Que tal na sexta?

Isso! Ela aceitou. Abri um sorriso na mesma hora. Eu tinha sentido alguma coisa por Chloe na mesma hora que a vi. Ela é legal, bonita, se dá valor... Tudo que Lauren nunca pensou em ser, ela é.
Sexta está ótimo. Depois combinamos o local e a hora.
Respondi.
Eu olhei para a foto de Chloe no computador.
Ela tem cabelos castanho escuro, olhos castanhos, é bem branquinha e tinha um sorriso perfeito. Ela parecia que era feita de porcelana. Linda.
Na foto ela estava sorrindo e com uma blusa lilás, na blusa havia uma mão segurando uma rosa. Ela estava linda naquela foto. Assim como ela é pessoalmente.
Uma coisa que eu notei bastante em Chloe, é que ela se importou comigo quando nem Thomas, nem Dylan, nem Matt e nem ninguém se importou. Eu sai correndo daquela quadra e nunca esperaria que logo Chloe correria atrás de mim para saber o que tinha acontecido. Ela se preocupava. Sorri quando lembrei de seu sorriso quando me viu. É... Ela é linda. Ok, prometo que vou parar de chamá-la de linda. Mas ela é mesmo. Ri com isso continuei checando meus e-mails. Até que...



domingo, 15 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 2 | A briga

- Oi, Amber – eu disse quando entrei em seu quarto. Justin e Thomas ficaram lá embaixo.
- Oi, Chloe. Já se acalmou? Me explica como foi a briga – ela disse quando me viu entrando.
- Estou melhor, sim. E foi porque meu pai ficou de me dar um presente quando a gente for pra faculdade. Só que Kristal estava em casa e disse que o presente era muito caro e que não sei o quê mais lá. Ai eu me estressei, disse para ela que não era pra se meter em minha vida – expliquei.
- Que presente é? – ela perguntou.
- Um apartamento pra mim, você, Thomas e algum amigo dele. Não é tão caro assim, pois nós não iríamos comprar, só alugar durante o período da faculdade – respondi.
- E ele concordou? – ela perguntou ansiosa.
- O que você acha?
- Ah, é. A Kristal disse que era caro – ela revirou os olhos.
Eu conheci Amber no ano passado. O irmão dela estava querendo ficar comigo, mas eu não queria. Ai ela se meteu no meio e disse pra ele não pressionar. Passei um tempo com raiva dele por isso, mas hoje somos super amigos. Ele me ajuda muito, sabe de todos os meus problemas, ele é um conselheiro – como disse.
Depois dessa situação com Thomas, eu e Amber passamos a conversar mais. A nossa primeira conversa foi: ‘’Seu irmão é um idiota’’; ‘’É, ele é’’. E eu ainda penso isso.
- Mas fica calma, ele vai te dar o apartamento. Ele sempre acaba dando – ela disse um tanto animada.
- E você nem se interessa, não é, Amber Walker? – eu disse e joguei um travesseiro nela.
- Eu? Nem faço questão.
Sínica.
- Aham, sei.
- Meninas? O Justin já vai – Thomas gritou de lá debaixo.
Eu cheguei na ponta da escada e acenei para ele. Amber fez o mesmo. Ele deu um sorriso meio torto bem fofo. Ele é lindo. Mas é comprometido, e com Lauren. O que já piora a situação.
- Tá afim dele, né? – Amber perguntou.
- Conheci o menino hoje, Amber.
- E daí?
- E daí pra você que fica com qualquer um que achar bonitinho.
- Tá me chamando de fácil?
Eu comecei a rir e ela me jogou um travesseiro.
- Te odeio, chata – disse.
- E você acha que eu te amo? – retrucou ela.
- Magoou.
Ela me abraçou.
- Sabe que pode contar comigo sempre, né? – ela perguntou.
Sim, eu sabia.
- Sim, eu sei. Você pode contar comigo também.

1 semana depois...

Basquete. Um esporte não tão legal assim, mas que todos faziam questão de saber um pouco. Digo todos os meninos.
- Vai assistir mesmo? Nós vamos perder – disse Amber.
Era verdade. Pode parecer que estávamos jogando pragas. Mas era verdade. A casa sempre perdia, não sei porquê.
- Temos Justin Bieber. Ele é novo, vamos ver se sabe jogar. Vai que ele salva o jogo. É a sua primeira vez jogando aqui – eu disse lembrando daquele loirinho do sorriso bonito da casa de Amber.
- É, né... Se você insiste.
Assim que ela terminou a frase os jogadores entraram na quadra. Justin me surpreendeu.
- Ai. Meu. Pai. Amado – Amber disse e se segurou em meu braço. Eu tinha entendido sua surpresa.
 - É... Ele está bonito – eu disse.
Ele tinha pintado o cabelo de um tom meio castanho escuro. Eu, particularmente, amo morenos de olhos claros. É... É agora que Lauren pira de ciúmes.
Quando me lembrei dela, olhei para onde ela ficava com as líderes de torcida. Ela era uma delas – como já disse – e fazia questão de agir como uma. Ela andava se achando para todos os lados, fazia pouco das meninas que não eram tão bonitas quanto ela, uma completa... vadia. Desculpe o nome. Mas ela é. Realmente. Lauren ficou boquiaberta quando viu que seu namorado tinha pintado os cabelos. Ela, na mesma hora, atravessou a quadra e foi reclamar com ele.
Eu só via eles dois brigando, sempre. Eles brigavam até quando Justin respirava. Ela é... Controladora. Acho que essa é a palavra. ‘’Ciumenta obsessiva’’ também se atribui.
- Olha só – eu cutuquei Amber e apontei para onde os dois estavam.
Justin revirou os olhos e quando olhou para as arquibancadas, me viu. Ela sorriu e fez um aceno com a cabeça. Lauren virou o rosto para ver para onde ele tinha olhado e quando me viu, me olhou com uma cara que me fuzilaria se fosse uma arma. Ela virou o rosto de Justin e gritou alguma coisa na cara dele e depois saiu. Ele ficou visivelmente estressado e saiu correndo para fora da quadra. Só tinham 20 minutos antes de começar o jogo. Ele não podia ficar fora desse. Primeiro porque ele era nossa única esperança. Segundo porque era o primeiro jogo dele. Falei com Amber e fui atrás dele.

Justin narrando...

Saí correndo da quadra depois que discuti com Lauren. Que saco! Eu já estou cansado de ficar discutindo com ela por besteiras.
‘’Por que você pintou o cabelo e não me avisou? Eu prefiro loiros, sabia?’’
Mas rapaz... O cabelo é meu e eu faço o que quero com ele. ‘’Prefiro loiros’’. Ri com isso enquanto continuava andando para os fundos da escola.
- Prefiro loiros – disse em voz alta.
- Você é... Gay? – perguntou uma voz feminina atrás de mim.
Me virei e vi que era a amiga de Thomas. Chloe Sparks. Sorri quando a vi.
- Não, não sou gay – esclareci. Ela sorriu e fez uma cara de alivio. Eu sorri também.
- Eu te vi brigando com a Lauren, foi por causa do... – ela apontou para meu cabelo.
- Cabelo? Foi sim – eu disse e o joguei para o lado como costumava fazer. Já tinha um bom tempo que não o fazia.
- Está... lindo. Sério – ela disse e sorriu.
- Obrigado.
- Brigaram por quê? – ela perguntou.
- Primeiro: Ela perguntou por que eu tinha pintado o cabelo sem falar pra ela. E eu estava brigado com ela quando o fiz, não devia satisfações, automaticamente. Eu não reclamo quando ela pinta as unhas de uma cor que eu não gosto, quando veste uma roupa curta demais. E eu? Ah... É só eu espirrar que ela pergunta por que eu não avisei que estava com vontade de fazê-lo.
- Nossa... – ela disse e se sentou. Eu sentei perto dela. Na grama mesmo.
Eu acenei positivamente com a cabeça e continuei:
- Segundo: Ela disse que prefere loiros. Eu acho que o problema é dela. Eu vivi minha vida toda sendo loiro. Mudar sempre é bom. E terceiro: Ela fica se oferecendo para meus amigos. Aproveitei a situação para dizer isso pra ela – terminei a explicação.
- Entendi. E o que foi que ela gritou pra você que te fez sair correndo? Eu sei que foi depois de você sorrir pra mim.
Fiquei envergonhado e sorri.
- Ela disse que era pra eu prestar atenção nela enquanto falava e eu respondi ‘’tanto faz’’ e sai. Eu to pensando em terminar – eu disse.
Era sério. Eu não agüento mais Lauren me enchendo a paciência.

Chloe narrando...

- Justin? O que você ta fazendo, cara? 5 minutos! Vamos logo! – gritou Matt Lee.
Matt Lee. O asiático fortão. Eu ri com esse pensamento e nos levantamos. Ele foi jogar e eu fui assistir. Lauren ficou me encarando o jogo inteiro.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 1 | Se conhecendo

- Tchau, pai – gritei e sai correndo.
Que droga! Eu vivia brigando com ele por causa dessa... Kristal. Ela era uma piranha, só ele que não via isso!
Eu estava de férias. Mas eram aquelas de período curto no meio do ano letivo. Daqui a uma semana já começariam novamente.
Peguei meu celular e liguei para Amber enquanto andava pela praia. Eu moro em Miami, na Flórida. Aqui tem um bilhão delas se for contar. Minha casa fica em uma orla.
- Amber? – disse quando ela atendeu.
- Que é, vadia?
 - É sério, briguei com meu pai de novo.
- Por que? – ela perguntou.
- Adivinha.
- Kristal? – falou ela. – É claro que foi. E agora você quer vir pra...
- Sua casa – completei.
- Pode vir. O Thomas ta aqui com um amigo e ele é gato – ela sussurrou esse ‘’ele é gato’’. Eu dei risada e desliguei. A casa dela não era muito longe. Continuei andando.
- Thomas? Amber? – gritei quando cheguei na porta. Os dois eram meus amigos, Amber era mais, é claro. Mas Thomas era um conselheiro dos bons.
- Chloe! – exclamou Thomas quando abriu a porta. Eu dei um abraço nele e entrei.
- E aí? – eu disse para o amigo dele que estava no sofá.
Thomas joga no time de basquete da escola. Ele é alto e forte. O amigo dele também joga lá, eu já tinha o visto. Ele é magro e não tão alto assim. As meninas o amavam. Principalmente Lauren Campbell, a namoradinha dele e minha ex melhor amiga. Quer dizer, ela nunca foi uma. Na verdade, ela é uma vadia.
- Oi – disse o amigo de Thomas. Ele era loiro, tinha olhos mel esverdeados e tinha uma jogada de cabelo digamos que... fofa. Ele passou um tempo com o cabelo arrepiado, mas já tinha voltado à franja. – Chloe, não é?! – continuou ele.
- Sim, você é... Jus... – tentei lembrar o nome. Começava com J. Como era?
- Justin. Justin Bieber – ele disse. Isso! Justin Bieber. Como eu esqueci?
- Prazer, Bieber! – eu disse.
- Prazer é todo meu.
- Como vai a Lauren? – perguntei. Ela era líder de torcida. Mais uma prova que é vadia.
- Sei lá – ele disse e voltou a atenção para a TV. Estava passando luta. Acho que era UFC ou algo do tipo.
- Hum... – murmurei.
- Brigou com ela – Thomas sussurrou.
- Eu ouvi – Justin sussurrou de volta do sofá. Eu dei risada.
- E quem disse que não podia? – retrucou Thomas.
- Quem ta aí? – Amber gritou de seu quarto.
- Chloe Sparks, eu nem sei quem é – Thomas gritou de volta.
Eu dei um tapinha em seu braço.
- Não sabe, é? Viadinho.
- Do que você me chamou? Eu te pego aqui mesmo, Sparks – ele disse e foi pra cima de mim. Eu o empurrei e dei risada. Ele é um besta.
- Não pega não! – eu disse e subi.
- Não aposte.
Babaca. Ri com isso.

Justin narrando...

- Caraca... O que é aquilo? – eu disse para Thomas. Chloe é linda. Nossa...
- Uma garota. Nunca viu uma?
Eu ri.
- Babaca. Ela é... Linda.
- Ela é, sim. Mas não é que nem a Lauren. Chloe é menina de respeito. Ela merece mais amor do que você pensa. Quer saber? – ele se posicionou como quem ia contar uma boa história, eu ouvi. – A mãe dela morreu quando ela tinha 5 anos de idade. Depois disso, o pai conheceu uma mulher, o nome é Kristal. Ela é uma bruxa, trata a menina mal, age como uma completa patricinha. John, o pai de Chloe, dá a ela tudo que ela quer. Mas Kristal diz que ele está a mimando. Ai quando elas duas brigam, o pai cai encima dela dizendo que ela não é uma boa filha, dizendo que ela deveria respeitar mais a mulher que ele ama e que não sei o quê mais lá. Ela não merece ser tratada como mais uma vadia. O pai dá a ela tudo que ela pede, mas amor de verdade, ela perdeu aos 5 anos. Tipo, o pai a ama, entende? Mas não demonstra tanto assim.
- Nossa... – eu parei e coloquei a mão no queixo, pensativo.
Meu pai, Jeremy, mora em Albuquerque, no Novo México. Eu moro com minha mãe, Pattie. Meus pais são separados, mas se dão bem. Meu pai é um escritor de romances que não acredita no amor, vê se pode... Ele fala que o amor só existe pra isso, ‘’para fazer romances’’, e claro amor de pai para filho e filho pra pai.
Eu acredito no amor sim. Mas ainda não havia realmente amado ninguém.
- Vê? – Thomas chamou de volta minha atenção.
- É, cara... Não é fácil.
- Por isso, se quiser ‘’pegar’’ – ele fez as aspas com os dedos. – Trate ela direito. Ela merece.
- Essa ai eu não vou pegar. Pegar não... – murmurei.
- Vai fazer o que então, Justin?
- Nada, ué. E você tem treinado bastante? Sabe que vai ter jogo no primeiro dia, não é? Contra uma escola de lá do Maine. Eles vêm pra cá pra jogar.
- Claro que treino, não sou você.
- Treino mais que você, aposta?
Trocamos um toque de mãos em sinal afirmativo e fomos lá pra fora jogar. Ele, eu e todos os jogadores, tínhamos uma cesta no quintal de casa, isso é super normal.
Jogamos a tarde toda.



Esse foi o primeiro capítulo da IB, e aí gostaram??? Não esqueçam de comentar e de avaliar em ''Reações'' logo abaixo. Beijinhos :** Espero que tenham gostado.